Como as mobilizações recentes no Brasil mudaram nossa forma de nos relacionar com a política.
As mobilizações de cunho político mais recentes no Brasil começaram com as de junho de 2013. Mudaram as relações de mobilização, sensibilização, motivação, apoio popular e de presença marcante da população nos pontos de encontro país a fora. Tudo acertado através da internet – Facebook e WhatsApp principalmente.
As pautas foram sempre variadas e de lá pra cá mantiveram-se também a descentralização dos líderes dessas mobilizações. Agora é tudo horizontal. Políticos, governos e agencias de inteligência não estão sabendo lidar com tamanha organização. Nem antes, nem durante e nem depois. Os discursos nem totalmente de direita e nem totalmente de esquerda integram as palavras de ordem, as pautas, as reivindicações e nem a autoria das ações.
Estamos diante de mobilizações, greves e paralisações (professores, profissionais da saúde, assistentes sociais e a mais recente a dos caminhoneiros) com força social para parar – literalmente o país, mas sem estratégias, pautas, ações e liderança unificadas. Talvez por isso não se sabe ao certo como atenuar, contornar ou encerrar tais atos.
Às vésperas de mobilização nacional para a votação nas eleições desde ano há pesquisas de que estamos diante de grande numero de abstenções e votos brancos e nulos. Como fazer como que a população compareça e não anule seu voto?
Teremos – oficialmente – 45 dias para que os candidatos estejam perto, ouvindo, conversando, relacionando e criando empatia com os seus eleitores. Eleitores estes das mais diversas cores, graus de instrução e cada vez mais alheios aos discursos e propostas dos candidatos.
Só conseguiremos falar com os eleitores se tivermos estratégias de comunicação e conteúdos segmentados, personalizados e regionalizados. Falar com cada um deles de forma única, funcional, real e sincera. Os eleitores não esperam menos do que isso.